Wednesday, January 17, 2007

No silêncio da noite

 No silêncio da noite
(Felipe F.)



No silêncio da noite,
As brincadeiras e os sorrisos repousam,
Lentamente sinto você se aproximar.
De olhos vendados sua mão acaricia meu corpo.

Seu cheiro me abraça forte.
Enjaulado meu coração se debate e rebela.
Revela a mais bela flor do campo, que dança
Ao som da brisa das minhas fantasias.

Adormeço o conflito das almas.
Agora calmas desvendam meus olhos.
Secos, sentam em sombras surreais
Sentidos... Sementes... Sussurros sacanas.

Luz da lua que luta,
Nua, clara, carne crua.
Se entende, quente, se mentes acharás...
A mais bela, fera, seja você e não ela.

Rara beleza que um dia foi tristeza.
Um barco a deriva esquece, anoitesse
A saudade então nina, rima.
O verso dorme e a poesia termina.


Wednesday, January 03, 2007

Além de ser

 Estas palavras ficaram imortalizadas em tinta e olhares e os responsáveis por elas em minha vida. Aos meus novos amigos, 2006 nunca será esquecido, (Nem o reveillon).


ALÉM DE SER
(Felipe F.)


Única como só nós podemos ser,
Estas palavras vestem meus espelhos,
Seus olhos atraídos me vêem em verso.
Versos sem aparência, imagens sem rótulo.

Por mim passa você,
Abraço, mão...Beijo, paixão...
Na altura que o traço alcança.
A tinta que escorre mancha.

Batidas marcantes se propagam no ar.
Movimentos em momentos contagiantes,
Máscaras e gestos fotografados, tatuam.
Textos e filosofias, além dos olhos, amam...

Seus traços filtram olhares,
Compassos de um artista em busca da fama,
Onde os amores de verão não veem em vão.
Deixando seus olhos falarem por seu coração.

Assim somos como podemos ser.
Imagine agora o que você pode ter.
Completando uma poesia de vida.
Além do verso, além do ser.