Wednesday, April 06, 2011

COMO DEVE SER

Como deve ser
(Felipe F.)


A simplicidade esta na força dos olhos,
Enganando o coraçao com boas mentiras
Desviando atençoes e analises da partitura
Bailando na pureza harmonica da valsa.

A facilidade é a aventura em complicar o simples
Começando pelo final, a fugaz felicidade
Os descuidados se distraem nos caminhos
Os ignorantes seguem a compania dos desaviados.

As amplitudes embaçam as mentes concentradas
Minhas palavras serao seus pecados
Pegadas pisotedas por pobres de pureza
Pesadas picadas nomades alergicas a avareza

Pecados pintados, perceptiveis pinceladas, natureza
Esconderijo das linguas sociais, unidas e escondidas
Simples como um começo, a brisa que acaricia, depois gira
Levanta casas e sonhos, complexa termina e o ciclo começa.

Tuesday, April 05, 2011

NUNCA

Nunca
(Felipe F.)


Nunca estamos sozinhos,
apenas quando nao queremos estar.
Nunca estamos satisfeitos,
a nao ser quando acabamos de almoçar.

Nunca deixamos de amar,
afinal existem varias formas de amor.
Nunca estamos preparados,
a nao ser se virmos alguem correndo.

Nunca ficamos parados,
mesmo andando na contra mao
Nunca prestamos atençao,
a nao ser quando ouvimos um nao

Nunca dizemos nunca,
senao um dia pode acontecer.
Nunca sentimos medo,
enquanto encontramos outras palavras no dicionario

Nunca fazemos nada de errado,
a nao ser quando arrumamos uma boa desculpa pra isso.
Nunca magoamos as pessoas,
apenas quando nossa felicidade esta em jogo.

Nunca deixamos de ajudar os outros,
principalmente se formos beneficiados
Nunca mentimos,
apenas dizemos a verdade de uma forma diferente.

CEGOS

Cegos
(Felipe F.)


Estas palavras poderiam ser suas,
Este ponto de vista poderia ser seu,
Este rascunho poderia ser o original,
Esta vida poderia ser sua.

Passei por um caminho de surdos e cegos,
Talvez eu poderia guia-los,
Neste mundo de cegos e incredulos, confiança é ouro
Porem nao brilha no escuro.

Serei levado pelos ventos da sabedoria
Aos terrenos ferteis do conhecimento
Onde irei plantar minha arvore
Deitarei finalmente em minha cama

Descansarei no sonho dos justos (ou arrependidos)
Retornarei a minha longa viagem
Daqueles que estao sempre de passagem aos olhares distraidos
Permanecendo a margem do medo, da duvida, da vida.

NOVO PONTO

Novo ponto
(Felipe F.)


As expectativas temperam nossos sonhos,
O excesso neste tempero nos leva a balançar e as vezes cair.
Assim como o egoismo, possui a dosagem certa.
As maos que temperam sao as mesmas que enchugam as lagrimas.
 
Ainda nao sou um bom cozinheiro, errei mais uma vez.
Minhas expectativas ultrapassaram minha racionalidade real,
A montanha era alta e a vista para o horizonte, nao olhei para os meus pés
Gostaria de ter lido estas palavras ao inves de escreve-las.
 
Publiquei em meu passado os textos que ainda sao lidos,
Muros virtuais parecem ainda me rodear
Projeçoes imortalizadas continuam formando imagens inexistentes.
Somos aquilo que pensamos ou o que outros pensam de nos?

Preciso de mais força para mudar do que continuar sendo uma projeçao.
Dos teus olhos que nao exergam mais que uma imagem
Da sua memoria que nao permite conhecer mais ninguem
Continuo sendo um estranho em mais uma cama.