Monday, February 21, 2011

NAO POSSO PARAR

NAO POSSO PARAR
(Felipe F.)
   
          Alguns textos, como este por exemplo, nao existe rascunho. Antigamente havia, eu escrevia em um caderno que ficava na cabeceira, ao lado da minha cama. Deixava uma luz bem fraca, muitas vezes apenas a claridade que vinha da rua ja era suficiente para criar um clima adequado. Acendia um incenso e colocava uma musica bem tranquila. Algumas vezes alguns destes itens nao participava, mas normalmente sim. Adorava aquela epoca.
         Estava reunindo todos os meus textos postados neste blog para projetos futuros e tive uma mistura de sensaçoes quando os lia antes de copia-los. Me espantava com a escrita de alguns, a criatividade e imaginaçao de outros, a beleza, simplicidade e ate a complexidade de alguns comentarios. Me entristeceu em saber que muitas daquelas pessoas hoje nao acompanham mais e algumas nem comentam. Me pergunto o que aconteceu para as coisas caminharem desta forma. Eramos um grupo de pessoas muito envolvidas com varias coisas em comum, hoje nem tanto. As escolhas fazem cada um seguir um caminho na vida e cada um seguiu. As verdadeiras amizades nao precisam ser ditas diariamente. Assim como nem toda musica é para todos os ouvidos, nem toda palavra é para todos os olhos. Sinto saudade daqueles tempos, onde nao apenas escreviamos, mas, discutiamos os textos e as ideias na mesa do bar. "Que tempo bom q nao volta nunca mais..." deveria ser um blues.
         Nao sei onde fui parar com estas escolhas. Estou descobrindo o que estou ganhando e sentindo o que estou perdendo. Tenho varios projetos envolvendo minhas palavras e elas sao reflexo de um dia a dia, acompanhadas de um olhar observador, embora as vezes distraido e um coraçao grande. Aprendi nao sei quando ou como a transformar esta experiencia, este amadurecimento em palavras e desta forma sigo seguindo.
         "As palavras cantam, junte-as em metrica e harmonia e voce tera musica."
          Nao posso parar de cantar pra voce. Sem voce sou apenas palavras caladas em mais um livro esquecido na estante.
          Estarei sempre por aqui, sempre...

Thursday, February 10, 2011

BLOG CLOSED

ULTIMO POST
(Felipe F.)

          Como uma amiga uma vez me disse:" voce consegue falar por horas sobre voce e nao dizer nada". Bom, vou tentar nao fazer isso aqui.
          E tempo de mudanças, recomeçar, reconstruir. Fazer coisas que nunca fiz antes pela simples vontade de realiza-las, pela experiencia que elas fornecem e outros aprendizados que apenas as coisas novas podem oferecer.
          Por muitos anos escrevi neste blog, sempre foi uma forma de me expressar e muitas vezes um grande conforto em momentos dificeis. Nao me importava em saber se as pessoas estavam visitando, se tinham algum comentario ou critica. Me sentia bem apenas em compartilhar minhas ideias, pensamentos e sentimentos. Assim como muitas coisas mudaram, isto tambem mudou.
         Me cansei de escrever no escuro. Me cansei de escrever para os cegos. Me cansei de escrever em pedaços de papel de pao e deixa-los em cima da mesa caso alguem tenha interesse em ler. Me cansei de um publico atras das cortinas.
         A triste verdade é dar uma explicaçao para o vento. Continuarei escrevendo, pois, esta é parte da minha vida, mas, encontrarei uma outra forma de expor minhas ideias.

Obrigado por quem esteve por aqui
08/2006 - 02/2011  

Monday, February 07, 2011

DEVE SER VOCE

Let's Sing...

DEVE SER VOCE
(Felipe F./ Borba)

Os ventos sopram
Ao som das histórias
Palavras que se dispersam

Se eu danço uma dança de música
Os dias que eu não espero

Se combina
Num acorde de beijos
Vozes trazem lembranças

No ombro refúgio mais próximo
Mas só decide quem dança

Canta e dança comigo
Mais uma vez
Canta e dança comigo
Outra vez

Quem decide é você
Só decide você
Se decide você no mais
Deve ser você



Sunday, February 06, 2011

CARTAO III

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INTERROGACAO

Interrogaçao
(Felipe F.)


Por favor me explique,
Porque achamos que o passado é a solucao?
Porque ele nao faz juz ao nome?
Porque eu nao consigo rima-lo com outra coisa?

Por favor ilumine,
Sera que estou de olhos fechados?
Porque o final é sempre uma interrogacao?
Porque muitas vezes a resposta é sempre nao?

Por favor faça alguma coisa,
Porque acordo sempre no mesmo dia?
Porque a duvida gosta tanto da paciencia?
Nao deveria ser o passado gerador de experiencia?

Por favor,
Porque algumas rimas do amor doem tanto?
Que fase é esta que a dificuldade insiste em ficar?
Porque escolhi esta montanha escalar?
Porque carrego esta mochila que sempre me faz parar?



EQUILIBRIO

Equilibrio
(Felipe F.)

O durante é o intervalo mais longo
Entre as palavras e as atitudes.
Na compania das estrelas reflito.
A chuva tropical me abençoa enquanto medito.

A cadeira que repouso é o presente
O braço esquerdo que apoio o passado
O braço direito o futuro.
O equilibrio esta completo.

Um ciclo que se complementa,
O que fazemos apenas alimenta.
Conjugamos no passado o sentido,
Em todas as pessoas no tempo.

Um tempo que o presente aproveita,
O futuro muitas vezes nao respeita.
Enquanto a cadeira se ajeita.
Estou de pe a caminhar.

Saturday, February 05, 2011

FRIO NA BARRIGA

Frio na Barriga
(Felipe F.)


Um frio na barriga,
Na troca de um olhar inesperado,
Escolhendo as palavras certas
O momento que antecede o primeiro passo

Um frio na barriga,
Nas primeiras palavras de amor
As trocas de carinhos intimos
Começam nas maos e terminam no coraçao

Um frio na barriga,
A decisao a ser tomada,
A incerteza de uma escolha errada
O medo de recomeçar do nada.

Um frio na barriga,
Vai subindo ate o peito, percorre o corpo
Transforma os olhos, escorre pelo rosto
Um suspiro, um desejo, uma prece.



Friday, February 04, 2011

CAPITULO II

CAPITULO II
(Felipe F.)

Em busca da minha imaginacao encontrei algo perdido
Talvez nunca tenha existido.
Tao distante para qualquer pensamento
Tao alto para qualquer sonho.

Me deitei sobre as ondas para meditar
Voei sobre a brisa do mar e fiz desenhos nas nuvens.
O momento acabou desistindo de me esperar
Musica dos mares em solos de ondas me fez dançar.

Apostei com as estrelas,
Transforme meu calor em amor, diz o sol.
Crie sua propria forma e ilumine, diz a lua.
Cartas na mesa, quanto vale a aposta?

Na festa do inamaginavel o DJ é o destino.
O acaso nao entrou por acaso,
O tempo é escasso, o espaço temporario,
Convite é moeda de troca, cara ou coroa?

Thursday, February 03, 2011

CARTAO II

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Tuesday, February 01, 2011

CARTAO I

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CAPITULO I

CAPITULO I
(Felipe F.)

Mares de morros que nao posso surfar
O veu da noiva que nao pode se casar
Casa que asa um dia se fez criar
Aquela sensacao de bem estar.

O vento forte a poeira carregou,
As roupas no varal continuam a dançar
A comida caseira convidou
Os presentes e quem passar.

A rede repousava e balancava
O final do dia ja anunciava.
Cartas na mesa e lenha na fogueira
A prosa da noite, a resenha do dia.

Banho de cachoeira porque nao posso nadar
Continuo andando, ainda nao sei voar.
Decidi cantar pela exaustao de falar
Quem sabe até os males encantar.