Monday, August 02, 2010

É NECESSARIO MUDAR SEM UMA NECESSIDADE?

É necessario mudar sem uma necessidade?
(FelipeF)


          Normalmente visualizamos o conceito da palavra estranho de maneira negativa. Me pergunto se é devido ao fato de nao estarmos familiarizado com, acharmos esquisito, considerarmos anormal ou desusado. Usamos erroneamente a palavra diferente como uma das primeiras definiçoes, talvez, seja por isso que temos um conceito tao negativo das coisas estranhas. Fiquem tranquilos que para as coisas serem consideradas diferentes é necessario que ja exista outra igual ao contrario estas serao apenas estranhas. 
           A rotina pode ser vista tanto de maneira positiva quanto negativa, dependendo como é analisada. É vista de maneira positiva, pois, é algo praticado constantemente, ou seja, ja existe um habito na execuçao, em funçao disto o esforço gasto é baixo. Porem, os resultados obtidos tambem serao, por isso, pode ser vista de maneira negativa, como indole conservadora ou oposta ao progresso. Nao tenho a intençao de escrever um texto com os conceitos das palavras, embora isso poderia resultar em uma otima poesia, mas sim, esclarecer uma teoria.
         O fato é que as coisas estranhas ou diferentes produzem muito mais resultados mentalmente, fisicamente e "almamente" positivos do que as coisas rotineiras, porque segundo Festilenger e Carlsmith em 1959, estas provocam a dissonancia cognitiva. O motivo para alguns pode ser obvio e para outros nem tanto, porem, pouquissimas pessoas praticam. Um exemplo interessante pra justificar este motivo: no meio de uma DR (Discussao de relaçao ou relacionamento) realizada a alguns anos atras, ouvi a seguinte pergunta: "porque temos que forçar mudanças sem que exista uma necessidade?" - Boa pergunta, diria um professor. Esta pergunta acabou com nossa a DR e me fez refletir bastante. Devemos provocar mudanças e procurar o estranho e/ou diferente para produzirmos mais resultados ou devemos apenas faze-lo quando houver uma necessidade? Poderia fazer a pergunta de uma outra forma: Poderiamos antecipar e amenizar a dissonancia cognitiva? Existiria um progresso significativo que justificasse esta realizaçao?
       Podemos considerar que nossa sociedade exerce uma enorme influencia nestes aspectos. Para facilitar o raciocinio pense primeiramente nesta sociedade dentro de casa, composta apenas pela familia. Esta pequena sociedade, com alguns interesses comuns, exerce algum grau de influencia nas decisoes, em funçao da confiança e respeito. Fazem parte disto a experiencia, admiracao, etc. Esta foi apenas uma familia, agora imagine a familia do vizinho, do amigo, do desconhecido, do colega de trabalho e assim sucessivamente ate compor a nossa sociedade humana.
      No meio de tantas influencias, qual sera o percentual que voce dedica do seu proprio pensamento para fazer uma escolha ou tomar uma decisao? Talvez para facilitar, existe sequer algum pensamento proprio ou ele pode ser considerado apenas reflexoes do aprendizado de cada sociedade? 

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