Monday, November 15, 2010

SUA CARTA

Sua carta
(Felipe F.)

Eis a resposta da carta que voce enviou
Queria saber mais sobre mim e aqui estou
Minhas palavras sempre serao insuficientes para saber como sou
Nao vivo mais um dia que ainda nao começou

Bastante persistente voce me perguntou, e o amor?
Sinto falta de amor quando estou sem cobertor
A inspiracao supera, o coracao exagera e a gente erra
A espera tras poeira, cupim na madeira, tempo é tempero de bom cozinheiro.

Nao precisa se preocupar, nao vou me alistar, continue a me contar
Depois das mudanças as coisas estao melhorando?
As lembranças vao se apagando, abrindo espaço para as que estao entrando
Naufrago no paraiso, analfabeto na escola, descoberta, a porta? Aberta.

Nao existe poesia sem amor, um poeta sem dor, normalidade sem referencia
Saudade sem ausencia, humildade é a voz os ouvidos a experiencia,
Seduçao sem tesao, fogo sem paixao, sorriso sem boa vibraçao.
Sem antes o depois nao existiria e o passado que mensagem deixaria?

1 comment:

Débora said...

Adorei o trecho:"Naufrago no paraiso, analfabeto na escola, descoberta, a porta? Aberta."
Me fez lembrar um outro poema de uma poetisa e cronista paulista que diz o seguinte:

Não deixe portas entreabertas
Escancare-as
Ou bata-as de vez.
Pelos vãos, brechas e fendas
Passam apenas semiventos,
Meias verdades
E muita insensatez.

Acho que vc tem uma sabedoria ou uma intuição singular. Sinto que vc em busca de verdades e sentimentos verdadeiros fecha portas e volta-se para si em alguns momentos e, somente depois as escancara para encontrar o que é verdadeiro para vc.