Monday, September 19, 2011

UM PARAGRAFO

UM PARAGRAFO
(Felipe F. - 19/09/2011)

          A musica começa suave no fundo da sala inspirando as palavras inquietas a passear... As notas passam como vento refrescante em harmonia percorrendo cada espaço vazio, uma exibiçao aerea que passea entre as novas frases que se agrupam... Os olhos cor de noite absorvem o arco iris que atravessa a janela refratado pela lagrima que naquele momento escorre dos ceus... Nao ha o sorriso do sol como de costume, o frio encontra compania no cobertor abandonado em cima da cama... O cheiro de café entra sem ser convidado e marca seu territorio... Em cima da mesa esta um caderno refletindo e relusindo as paredes, uma tinta aprisionada esperando que a liberdade da imaginaçao seja justa e faça seu desejo realizado... Assim, simples assim, nada mais puro que o seu olhar quando nao havia palavras... Mais simples que a propria imagem pode ser, mais presente que seu cheiro... A porta bate com força e acorda seus sentimentos adormecidos... As maos apreensivas se mexem lentamente em sua direçao, os primeiros carinhos sao tremulos, seu significado nao é claro... A cabeça se abaixa, as lembranças escorrem retirando a tintas dos teus olhos e manchando o papel, sua respiraçao refrescante traz alivio ao corpo que transpira de desejo e vontade de querer algo... Algo sem ponto nem virgula arrependimento ou sofrimento, sem inspiraçao ou pensamento, sem independencia gramatical ou qualquer coisa vocacional, apenas voce e eu e nada mais, nem alem... A metereologia diz que o tempo nao esta propicio para longos voos, apesar do divino dizer em outras bocas o contrario, certo tio? O porta retrato pede licença para manisfestar sua opiniao, sua voz suave penetra fundo, até encontrar no eco o seu local... O mural com ciume, sem pedir licença, interrompe indignado e manifesta seus antigos pontos de vistas... O despertador ainda nao tocou e as maos desejam finalmente dizer alguma coisa, elas procuram tocar as notas que pairam no ar misturadas com cafe, sente as lagrimas que escorrem lentamente na janela como se conversasse com cada uma delas, arruma carinhosamente o cobertor sobre a cama confortando-o sobre o colchao, abre cuidadosamente a porta e a prende com segurança, escora firmemente a cabeça enquanto começa a criar com a tinta que ainda escorre dos teus olhos... Adormeço refletindo sobre o céu enquanto reflito se ele nao pode ser agora o reflexo dos meus olhos... Um coraçao que deixa enigmas nas estrelas, entre linhas nas poesias e muitas equaçoes no ar, hoje se abre na prosa, nao mais entre quatro paredes, mas, entre muitos abraços...Ei! Termine sua leitura, apague a luz do seu abajur e me de um beijo de boa noite, ja esta tarde. Nao entendo porque gosta tanto deste livro. 

1 comment:

Débora said...

Acho que é simplesmente simbiose.

O leitor procura nos textos ferramentas e materiais para refletir sobre as questões da vida e ensaiar análises.

O autor, imagino eu, procura nos leitores um estopim para ebulir as idéias, puxa-las do mundo dos desejos para o consciente.

Então, "nunca será tarde". O livro continuará depertando interesse, enquanto houver pessoas, situações do dia a dia e questionamentos existenciais sobre ambos.