Monday, March 05, 2012

PASSEANDO COM MEUS SENTIMENTOS - SAUDADE

Resolvi tirar umas férias. Ir até onde minha imaginaçao permitir. Na minha bagagem apenas sentimentos, sem pensamentos.


Passeando com meus Sentimentos - Saudade
(Felipe F. - 05/03/2012)


Para um workaholic pensador nada melhor do que tirar uma férias dos proprios pensamentos, da maquina pensadora.
A primeira semana foi fantastica, assistia o nascer do sol em uma praia conhecida ou nova, passava o dia visitando lugares ao redor do mundo e assistia ao por do sol em pontos unicos. Parecia um sonho, apenas eu, a natureza e mais nada. Sem "trabalho", sem analise, sem pensamentos, apenas o silencio do meu corpo era ouvido pela minha alma. Foi com este cenario que eles começaram a aparecer, os sentimentos. Timidos e discretos eles começaram a me procurar, me convidando para um passeio. O lugar deixou de ter tanta importancia. 
O primeiro deles foi a saudade que começou o dia elogiando minha atitude em sair de férias, confessou que ficou mais facil se aproximar de mim. Como uma paciente em analise ela começou a falar timidamente que precisamos melhorar nosso relacionamento. Explicou que o motivo de ser insistente e muitas vezes teimosa é em funçao da minha surdez para suas palavras, das justificativas vazias e medos que tornavam mudas minhas atitudes. Cada vez mais a vontade ela foi se abrindo, dizendo que diversas vezes se aproxima trazendo uma imagem, de pessoas ou lugares, e minha reaçao em relaçao a isto a faz sentir um arco iris de sentimentos. Muitas vezes a magoei profundamente apagando qualquer possibilidade de novas cores, outras foram tao felizes que as cores transbordavam numa mistura de amor que preenchia todos os espaços vazios. Meu pai ainda a deixa triste, pois, ela ainda tem uma esperança de poder ser saciada, mas, infelizmente sempre respondo da mesma triste maneira, ela esta se conformando. Momentos de jubilo sao quando ela traz minha familia e meus amigos, minhas respostas de novos encontros proximos a deixam ansiosa e inocentemente feliz.
Mudamos de assunto e conversamos sobre uma recente imagem que a fazia muito feliz, como a muito nao sentia, mas, sem motivo aparente transformou aquele sorriso radiante e cativante em lagrimas longas e comoventes. A falta de conforto a deixava assim, explicava, enquanto minhas justificativas desta vez razoaveis, nao justificava, um sentimento que ela deixava, agora retornava. Ainda assim com insitencia retornava, dizendo que nao mais aceitava, essa situaçao que ficava, com um olhar e um longo abraço eu a confortava. Um coracao que ainda batia a motivava, a sua esperança era longa como suas lagrimas que jorrava feito véu dos teus olhos traidos.
A caminhada foi longa, as palavras pareciam interminaveis e as confissoes incansaveis. Sua proximidade doi, sua imagem incomoda, mas, enquanto ela insiste eu explico, ela nao desiste, eu nao penso, apenas sinto, sentimos e neste caso sentimos muito, na duplicidade do sentido, na simplicidade dos sentidos sentimos muito sua falta.

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